Por mais que me custe, hoje decidi fazê-lo.
Decidi partilhar a parte mais profunda de mim, a parte que tenho andado a tentar esconder há já mais tempo do que devia, a parte de mim que se pudesse tê-la-ia cortado e encestado no caixote do lixo com o maior dos desprezos.
Não querendo fazer uma viagem ainda maior ao meu passado digo-vos que a minha história, a história do meu grande amor começou no meu 8º ou 9º ano, e como tantos outras começou da maneira mais estúpida. Numa noite em que fomos apresentados por uma bebida. Da minha parte era só uma pessoa que tinha conhecido.. da dele 'amor à primeira vista' (dito por ele inumeras vezes) passou algum tempo e quando começamos a namorar a minha ingenuidade e o facto deixar que se metessem entre nós fez com que quem nos apresentou acabasse com a nossa relação. Passaram quatro meses e a vontade de voltar a contactar recaiu sobre mim de uma forma que nem eu sei explicar ainda hoje.
O sentimento aumentou de tal forma que dia 14-01-2008 tornou-se no dia mais marcante da minha vida. O nosso amor era puro, éramos tudo o que queríamos, voltaram a tentar meter-se entre nós mas desta vez o nosso amor não deixou.
Vivíamos num mundo completamente à parte, éramos invejados por imensas pessoas, queriam ser como nós, felizes, verdadeiramente felizes.. Não havia mais ninguém na rua que risse como nós, partilhasse como nós, e ninguém que como nós fazia figuras e de desmontava literalmente a rir no momento aseguir pela reacção das pessoas.
O meu amor que não tinha sido à primeira vista tinha-se transformado no sentimento mais nobre que senti por alguém neste mundo.
Passamos por taaanto, partilhámos taaanto.
Contudo no dia 4-8-2009, roubaram-me o chão .. Tudo começou com uma pergunta: 'quanto me amas?' foi esta a pergunta que mudou a minha vida. Tinha acabado. Estavamos longe e nunca um mergulho no mar me soube a tanto, a mistura das lágrimas o calor que sentia escorrer-me na cara misturado com o frio da água do mar, as ondas a baterem-me na cara, o meu coração parecia que ia explodir, não sei se de tristeza ou o que quer que seja.
Depois disso, tentei perceber o porquê de tudo o porquê da nossa relação ter terminado. Em Setembro descobri coisas que nunca me foram esclarecidas, com verdade ou mentira, magoaram-me porque me pareceu uma justificação. Não quis acreditar mas por outro lado queria. Tinha prometido a mim própria que n voltaria a chorar por ele, mal eu sabia o que esperava. Cometi imensos erros, estive com pessoas que não devia, magoei-me, andei perdida, nada justifica o facto de ter estado com pessoas porque sim, e arrependo-me, tenho vergonha de mim por o ter feito. Estive com várias pessoas em pouco tempo. As pessoas mudaram de opinião sobre mim, insultaram-me, passei por vulgar e por me 'oferecer' . Foram os piores momentos, dias, meses da minha vida. Nesta 'aldeia' em que vivemos fui rotulada de vulgar! eu que odeio essas pessoas. Tive sempre amigos a meu lado que me disseram para não acreditar, mas era dificil. As pessoas conseguem ser horríveis. Tive conversas intermináveis com ele, sobre mim.. 'Mudaste. Quando acábamos tinha orgulho de dizer que a minha ex não era como as outras e afinal és igual' ; 'desceste muito baixo' 'Foram as tuas atitudes que me fizeram mudar a opinião sobre ti' e tantas outras coisas que me fizeram chorar ainda mais, tirar o sono, pensar que afinal era mesmo uma pessoa horrivel e miserável. Depois disso soube que estava envolvido com uma rapariga, hoje em dia namora e diz que a ama, neste momento acredito que sim, mas não acredito que seja totalmente feliz. Aprendeu a sê-lo, por opção própria, acomodou-se, não lutou, não quis lutar, preferiu cruzar os braços e deixar-se levar para um mundo diferente, um mundo do qual eu não fazia parte, um mundo no qual não era feliz, um mundo onde se habituou ao que tinha (é a minha opinião,conheci-o como ninguém, conhecêmo-nos como ninguém. A realidade apenas ele a guarda). Um dia, acusaram-me de uma coisa completamente estapafúrdia de eu querer arranjar confusão com uma pessoa que eu nem conhecia nem nunca tinha visto. E como é obvio disseram-lhe e ele preferiu não acreditar em mim, disse-me com todas as letras 'Eu acredito no que me disseram'. Mais uma vez voltei a cair a derramar lágrimas, seria incapaz de imaginar tal coisa da parte dele. Chegou ao ponto de passar por mim, eu querer cumprimentar a dizer um simples 'olá' , a olhar para mim e a baixar a cabeça e quando lhe perguntei perguntou 'fez-te assim tanta diferença?' perante esta pergunta percebi que não queria que lhe voltasse a falar. Foi uma opção dele e eu não posso obrigar ninguém a falar comigo, nem qero que o façam por obrigação. Agora, passamos, não falamos, e ele julga-me uma qualquer, uma vulgar que é capaz de estar com todos os rapazes que lhe dão conversa. Vou pagar para sempre o meu erro, será uma divida que nunca vou saldar aos olhos dele.
Aprendi com toda a minha experiência de amor único e maravilhoso e ao mesmo tempo tão cruel que a expressão 'Quem mais amamos é quem mais nos faz sofrer' é totalmente verdade.
Se tenho saudades do passado? nem imaginam quantas!
Se tenho saudades dele? Sim, muitas
Se íamos voltar a ter total confiança? Se lutassemos e o quisessemos verdadeiramente acredito que sim.
Se alguma vez voltaremos a estar juntos? NÃO! 'Nós nunca mais vamos voltar a ter nada!'
Não mudei, andei perdida e errei, arrependo-me muito.. mas nada posso fazer para voltar atrás. apenas tentar redimir-me e remediar o que fiz.
Muito foi dito e muito magoou. mesmo muito acreditem, das duas partes, se bem que o lado dele sempre foi incógnito depois do fim da nossa história.