Quero bloquear tudo o que tenha a ver comigo!
Não quero pensar;
Não quero sentir;
Não quero responder;
Não me quero expressar
Quero ser amorfa e manter-me assim!
Hoje não me apetece camuflar o que sinto...
Podia escrever inumeras palavras para desviar atenções do que realmente me apetece, mas não tenho capacidade para isso, não hoje em que tenho o pensamento bloqueado.
Desejo?
Talvez não tanto..
Vontade?
Sim
Desesperada?
Não. Não chego a esse ponto.
É uma mistura saudável de saudade, com vontade.. não chegando a ser desejo.
Saudades da proximidade, de ouvir a respiração, dos olhares fixos, sorrisos trocados, de ouvir o batimento cardíaco..
Saudades de passar mais do que 5 min lado a lado.

Hug me . . .


Tenho uma vontade enorme de ser abraçada.
Um verdadeiro abraço, daqueles que quase nos tiram a respiração.
"Um abraço de 2 milimetros de diâmetro, que parece mau mas não é porque significa que é muito apertadinho."
É disto que preciso.
De me sentir quase esmagada mas ao mesmo tempo um conforto enorme.

1, 3..1,3.. (...)


Cambalear...

1 passo em frente, 3 para trás
1 passo cheio de firmeza, 3 com medo da firmeza
1 passo que demonstra tudo o que queremos, 3 em que ponderamos e achamos que secalhar é melhor não agirmos desta ou daquela forma.
1 passo em que nos chamam e 3 em que nos empurram com as palavras

Passos, meros passos que revelam aquilo que somos, o que fazem de nós.. a forma como nos moldam.
Palavras, gestos, atitudes, que nos fazem ganhar coragem, que nos fazem confiar.. que nos fazem mover, que nos fazem perder a mesma coragem, que me deixam desorientada! Confusa! Sem perceber se posso ou não dar o segundo passo em frente!

1 passo em frente, 3 para trás ...

Marioneta .

Ultimamente tenho-me sentido assim...uma verdadeira marioneta.
Sinto que tudo o que faço é controlado por alguém que quando lhe apetece me puxa com tal frieza e rapidez que tudo pelo que passei é como um simples flash, algo momentâneo, do qual não dá para desfrutar.
Cada vez mais sinto, que estava ‘abandonada’ no meu cantinho, enrolada nas minhas cordas de fio de coco, e que um dia alguém passou por lá, passou e a principio não deu importância mas depois de dar mais quatro ou cinco passos à minha frente, estagnou, deu uma volta de 180 graus voltou a olhar para mim, desta vez de alto a baixo e a observar se tinha algum defeito ou não. O único que tinha era os fios todos entrelaçados no meu corpo. Pegou-me com uma certa delicadeza, com certo receio de magoar ou estragar, pois bem analisada a situação era um desconhecido, não sabia há quanto tempo ali estava a dormitar enrolada em mim própria. Fiquei nas mãos daquele indivíduo completamente desconhecido que fez de mim tudo o que quis. Num momento tinha direito a uma felicidade incontrolável, no momento a seguir, encontrava-me num dos piores cenários de tristeza. Tirava-me tudo o que tinha com um simples movimento de dedos. Incrível como um simples movimento pode tirar-nos tudo em menos de nada.
Odeio esta sensação,
Odeio ser usada para felicidade dos outros,
Odeio ser marioneta,
Odeio que façam de mim um simples adereço com fios de côco, que depende de quem quer que seja para se movimentar.
ODEIO!