Sorry, I know you?



E com os seus botões ela reveu todos os momentos, analisando-os cuidadosamente para perceber se lhe tinha escapado alguma coisa. No entanto pareceu-lhe tudo igual ao que conhecia. Ele tinha-se apresentado de uma forma super natural, simples, sem querer marcar uma presença cerrada.
Uma pessoa carregada de defeitos como todos os comuns mortais, que conhecia limites. Deu a conhecer maturidade, não excessiva, na medida certa.. Sorria, quebrava mas sempre sem dar muito de si.
Com o passar do tempo, com mudanças por ela desconhecidas começou a notar certas diferenças nas atitudes que não agradaram nem um bocadinho. A imagem que lhe tinha sido apresentada foi inundada de futilidade, coberta por uma personalidade que não existe.
Acabou por ser uma desilusão. Por mais que custasse, chegou a esta conclusão, que pode ser reversivel se acontecer algo por isso.. caso contrário irá manter-se.
Baixou ligeiramente a cabeça e sentiu um longo e fino fio de tristeza na face.
O que havera idealizado, tinha-se desmoronado, com uma simples influência e decisão por parte de seres incógnitos.





E manteve-se cabisbaixa revendo todos os momentos..
Saudades? Sem dúvida que de uma pessoa que preferiu mudar.








Ao fim ao cabo, só queremos encontrar alguém que pinte connosco. Que não nos largue, construir algo em comum.
O que se desenha, pinta, pouco importa.
O importante é que não o façamos sozinhos.

Colecção



E pegou em tudo o que possuía que não queria esquecer e preencheu por completo uma sala.





Boas, más recordações. Lembranças do que tinha sido, do que evoluiu, do quanto foi feliz, das lágrimas que derramou, dos abraços que recebeu e deu, de todos os momentos que passou e não lhe passaram ao lado.


Das pessoas que a marcaram mais.. Da melhor e da pior forma.


Quando saíu, tracou a porta e pensou:


'Quando quiser recordar o que fui e o que passei até aqui, voltarei a esta sala, sentar-me-ei no chão e espalharei sorrisos, soltarei gargalhadas e derramarei lágrimas de tudo o que já vivi.'

Coroas ..

Num dia...
Somos reis; rainhas
Temos poder sobre o que nos rodeia;
Somos ouvidos e ouvem-nos;
Recebemos sorrisos; abraços..
Somos olhados de forma carinhosa..


Noutro...
Descobrimos que alguns sorrisos eram falsos;
Subitamente todos os ouvidos ficam mudos;
Os abraços deixam de estar em stock
Os olhares tornam-se em lâminas cortantes..


Dias em que saímos da cama e nos sentimos com uma coroa na cabeça, outros com um lenço esfarrapado.
Sentimentos que fazem de nós o que somos. Reis e rainhas que por vezes perdem o encanto.


Em tempos ...


A maioria das histórias começam por um 'Era uma vez..'. Na minha opinião porque é a expressão que provoca mais expectativa nas crianças, que significa para elas 'vais embarcar numa aventura, com altos e baixos, vitórias e derrotas, onde existe sempre uma moral seja ela dita directa ou indirectamente.'
Queria começar a minha história por essa expressão, mas prefiro começa-la por 'Em tempos', porque a minha história não tem uma moral, tem várias. Não tem uma vitória e uma derrota, tem batalhas constantes. Não tem altos e baixos, tem cadeias montanhosas sucessivas que nos tiram a respiração. Mas principalmente porque a minha história ainda não acabou, e porque não sou como tu ou tu. Sou eu e ainda me estou a descobrir.

Então...
'Em tempos', nasceu uma rapariga como tantas outras espalhadas pelo mundo. Uma rapariga que cresceu segundo os valores de uma familia não muito abastada monetariamente mas riquissima em valores e ideias para o futuro.
Ao longo dos tempos levou pontapés que doeram, caminhou sozinha, ensinaram-lhe sempre a levantar a cabeça por mais que isso pudesse doer. Cultivou uma personalidade ambiciosa, e meiga, que com o tempo passou a saber distinguir e acrescentou à lista o rancor e antipatia mas nunca má educação. Deu oportunidades a muitas pessoas, mas aprendeu a analisá-las primeiro para saber se valia a pena ou não. Primeiramente prefere sempre colocar as pessoas num patamar neutro, e as suas atitudes moldam a opinião.
Hoje em dia é uma pessoa meiga, querida, rancorosa, ambiciosa entre outros adjectivos sejam eles mais ou menos bons.
Possui um cofre no coração onde guarda as pessoas mais importantes, segredos que não podem ser contados, sorrisos, lágrimas, tudo o que faz parte desta história que não é mais do que um acumular de experiências e momentos daquilo a que muitos chamam de passagem, outros vida.. para mim intitula-se de cultivo. Cultivo de nós, dos que nos rodeiam, do nosso mundinho.
Não tenho um final feliz para esta história, não sei que batalhas venci, não sei quantas cadeias montanhosas passei, mas posso dar-vos uma das morais desta pequena história caso ainda não tenham visto nenhuma tenham. E não, não é um incentivo a lutarem por isto ou por aquilo, é sem dúvida que reflictam. No que vos rodeia, nas vossas experiências melhores ou piores, que isso contribua para crescerem, e conseguirem avançar um pouco mais.

Palavras soltas, frases meio perdidas..



Dias afastada de uma realidade à qual já estava habituada, fizeram-me pensar, viver e olhar as coisas de forma diferente.


Construir novos planos, querer alcançar novos objectivos.
Querer ser mais e mais ambiciosa.
Olhar em certos aspectos mais para o meu umbigo, querer ser mais forte, mais de tudo.





Quero tudo e nada.


Quero ser melhor,


Quero ser eu,


Quero abraçar-te a ti e a ti por serem quem são,


Quero acarinhar os que mais me são,


Quero ser feliz.