Somos crianças, somos contadores de histórias, somos um conjunto infinito de pontos...
Dificilmente, para não dizer mesmo impossiveis de definir, assim somos nós.
Sabemos usar todos os sorrisos e gargalhadas que possuímos e aplicá-los nos momentos mais indicados. Desde os momentos em que caímos literalmente a rir até ao simples esboçar de um sorriso por pura simpatia.
Quando ouvimos a célebre frase 'Era uma vez..' temos uma tendência incrível a concentrarmo-nos mais do que o normal, pois remete-nos para a nossa infância, onde nos aconchegavamos, nos lençóis, ou aninhávamos no colo, ombro do nosso contador e entrávamos num mundo recheado de fantasia que nos fazia viajar para um mundo do imaginário onde nos sentiamos seguros.
'Todos temos uma criança dentro de nós'; é mais uma das frases que anda de mãos dadas a nós. Usamos essa criança para fugir ao duro mundo em que caminhamos, usamo-la para sonhar, fantasiar, arrisco-me mesmo a dizer.. para mostrar o nosso lado mais descontraído, menos sério, o lado em que sabemos que façamos o que fizermos, seremos julgados como crianças. Simples seres sonhadores.. capazes de contar uma história numa simples brincadeira em que fazem bolinhas de sabão, seres que se agarram a pequenissimas coisas e lhes dão um significado do tamanho do universo.
Assim somos nós.
Crianças, que aprendem a caminhar num duro deserto onde as decisões finais são sempre nossas, onde o egoísmo muitas vezes é revelado.
Contadores de histórias começadas com um 'era uma vez'.
Apologistas de brincadeiras como fazer bolinhas de sabão onde cada uma delas representa um momento mais ou menos alegre, experiências, marcas...
Somos uma 'massa' sem forma, sem definição.
Somos únicos, cada um com uma cor e forma diferentes.
Num somatório gigante somos um conjunto infinito de pontos.
Somos crianças, somos contadores de histórias, somos um conjunto infinito de pontos...