Incrivelmente uma simples e tão pequenina palavra conseguiu descrever tudo o que sentia naquele momento.
Nojo.
Das palavras que mais repulsa lhe trás, das palavras que mais deseja não pronunciar e que se arrepia ao ouvir, no entanto e infelizmente conhecia-se ao ponto de saber que quando a pronuncia ou sente é consequência de uma maldade horrível, algo que a marca de uma forma fria, horrenda, que fere o coração sem qualquer tipo de piedade. Fracções de segundo que fazem com que sinta uma dor completamente inexplicável.
Sentiu a crueldade que a rodevaa em todos os seus traços, os mais subtis, profundos, em todos os seus recantos, apoderando-se do seu cérebro. Sobrou-lhe o inconsciente que por mais lhe tivesse custado controlou. Não fugiu, contrariou-se a si própria, colocou uma máscara que fez com que transbordasse tudo aquilo que não sentia. Harmonia e felicidade. Mesmo forçado conseguiu esboçar um ou outro sorriso. Sentia que se traía a si própria ao fazê-lo.
Que fazia?
Só queria fugir, apagar tudo, manter o cérebro bloqueado, derramar tudo o que sentia, abraçar quem mais lhe dizia. Queria o conforto que naquele momento sentiu que era impossível.
Sentia-se em plena arena a ser julgada, maltratada, humilhada.
Odiava sentir que as pessoas que não lhe eram nada tinham uma capacidade enorme, incontrável da sua parte de entrar no seu psicológico e fazê-la sentir-se um autêntico nada.Tinha-lhe vindo ao de cima, uma dos seus defeitos dos quais mais fugia: A fraqueza psicológica para assuntos que a envolvessem.Despertaram-lhe o sentimento que não desejava a ninguém sentir: Nojo.